UM UIVADO DE DOR
Mais um momento que a vida faz questão de me colocar a prova.
Ontem não não escrevi em voce .
Não risquei suas páginas sempre tão disponiveis aos meus
desabafos, as minhas alegrias, minhas historias e fantasias...
Hoje meu diario estou aqui para narrar uma dor , mais uma cicatriz talha a ferro e fogo em minha pele suave e macia , a vida faz questão de marcar a pele.
Ontem ao amanhacer recebi um telefonema da fazenda,que me fez sair da cama como se voando.
Voando , foi como eeu fui. Não sei como sai nem como cheguei , só sei que as estradas passavam como um filme pela janela do carro.
Não me pergunte o que vesti pois eu mesma não dei por conta que havia partido de pijama...
Quando finalemente chego a fazenda o vaqueiro me olhava aflito e dizia que não sabia como havia acontecido ao certo, todo o cuidado era tomado para com meu animal.
Meu cavalo, meu cavalo de tantos anos.Fora picado por uma cobra.
Veterinario, vacina, cuidados e nada ...nada mais poderia ser feito.
Caio de joelhos perante aquele animal.
Deitado no chão agonizando , seus olhos me fitaram.
Seus olhos me fitaram...
Meu coração se partiu ao meio, minhas lágrimas não se continham.
Eu o abracei, eu chorei, eus solucionei,,,eu implorei para que ele não partisse.
Mas nada mais era possivel.
Todos ali presentes , presenciando a minha dor...inertes , incapazes de modificar aquele momento.
Nunca pensei que teria de passar por esta situação...
O veterinario me aponta uma injeção de sacrificio.
Meu cavalo me olha e fecha os olhos como se entendesse a decisão a ser tomada.
Eu tive vontade de morrer naquele instante , só para evitar aquela cena.
Mas não pude...assim como em tantas outras decisões dificeis em minha vida eu tive que encarar.
Abraçei -o mais uma vez, beijei-o , acariciei seu focinho macio e desesperada me levantei.
Cheguei até o veterinario e peguei a injeção de sua mão...eu mesma apliquei.
E o abracei novamente, agora como se o protege-se em sua partida.
Um seu ouvido balbuciei :-Partes meu amigo e leva contigo parte do meu coração...
Quem correrá as matas agora comigo?
Quem conhecerá os caminhos tão bem quanto tu...que me levara pela escuridões da noite mata adentro sem se assustar , como um só espirito selvagem?
Saio do estabulo arrastada, arrassada , meu povo assistia silenciosos ,compadecidos pela minha dor.
E assim... estou aqui hoje narrando para você mais esta ferida sangrando no peito.
De uma loba que uiva, uiva de dor, uiva a dor da solidão.
Corro pelos matos, corro mato adentro, descalça, até perder o folego.
Até faltar ar aos pulmões cansados, sentindo os espinhos rasgando a carne, furando os pés, rasgando minhas roupas.
Quis sentir toda a dor do mundo para poder parar a dor que estava sentindo.
Ouça meu diario,
ouça...meu uivado ainda ecoando entre as montanhas.
Ontem não não escrevi em voce .
Não risquei suas páginas sempre tão disponiveis aos meus
desabafos, as minhas alegrias, minhas historias e fantasias...
Hoje meu diario estou aqui para narrar uma dor , mais uma cicatriz talha a ferro e fogo em minha pele suave e macia , a vida faz questão de marcar a pele.
Ontem ao amanhacer recebi um telefonema da fazenda,que me fez sair da cama como se voando.
Voando , foi como eeu fui. Não sei como sai nem como cheguei , só sei que as estradas passavam como um filme pela janela do carro.
Não me pergunte o que vesti pois eu mesma não dei por conta que havia partido de pijama...
Quando finalemente chego a fazenda o vaqueiro me olhava aflito e dizia que não sabia como havia acontecido ao certo, todo o cuidado era tomado para com meu animal.
Meu cavalo, meu cavalo de tantos anos.Fora picado por uma cobra.
Veterinario, vacina, cuidados e nada ...nada mais poderia ser feito.
Caio de joelhos perante aquele animal.
Deitado no chão agonizando , seus olhos me fitaram.
Seus olhos me fitaram...
Meu coração se partiu ao meio, minhas lágrimas não se continham.
Eu o abracei, eu chorei, eus solucionei,,,eu implorei para que ele não partisse.
Mas nada mais era possivel.
Todos ali presentes , presenciando a minha dor...inertes , incapazes de modificar aquele momento.
Nunca pensei que teria de passar por esta situação...
O veterinario me aponta uma injeção de sacrificio.
Meu cavalo me olha e fecha os olhos como se entendesse a decisão a ser tomada.
Eu tive vontade de morrer naquele instante , só para evitar aquela cena.
Mas não pude...assim como em tantas outras decisões dificeis em minha vida eu tive que encarar.
Abraçei -o mais uma vez, beijei-o , acariciei seu focinho macio e desesperada me levantei.
Cheguei até o veterinario e peguei a injeção de sua mão...eu mesma apliquei.
E o abracei novamente, agora como se o protege-se em sua partida.
Um seu ouvido balbuciei :-Partes meu amigo e leva contigo parte do meu coração...
Quem correrá as matas agora comigo?
Quem conhecerá os caminhos tão bem quanto tu...que me levara pela escuridões da noite mata adentro sem se assustar , como um só espirito selvagem?
Saio do estabulo arrastada, arrassada , meu povo assistia silenciosos ,compadecidos pela minha dor.
E assim... estou aqui hoje narrando para você mais esta ferida sangrando no peito.
De uma loba que uiva, uiva de dor, uiva a dor da solidão.
Corro pelos matos, corro mato adentro, descalça, até perder o folego.
Até faltar ar aos pulmões cansados, sentindo os espinhos rasgando a carne, furando os pés, rasgando minhas roupas.
Quis sentir toda a dor do mundo para poder parar a dor que estava sentindo.
Ouça meu diario,
ouça...meu uivado ainda ecoando entre as montanhas.
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