KORINA A LOBA




Korina acorda transpirando após uma noite mau dormida.
A moça loba de beleza angelical , dona de uma sensualidade estonteante e de um sorriso conquistador,
também carrega dentro do peito a dor de não conhecer seus pais verdadeiros.
Korina acordou mais cedo que a tribo e com seu coração angustiado partiu para a beira do rio, foi se banhar e tentar acalmar seu coração...

Nadando de uma margem a outra ela mostra toda sua habilidade atlética, seu corpo esguio desliza por entre as águas cortando-as magistralmente, os animais que lá estavam não se importavam com sua presença, Korina faz parte da natureza.
Seus cabelos se abrem e fecham nas águas igual a uma água viva enquanto nada,  ao sair nua como veio ao mundo exibe
sua beleza estonteante, joga seus cabelos para trás e suspira fundo, buscando encher os pulmões e aliviar a tensão.
Por trás de uma arvore ela era observada por um rapaz da tribo, jovem e forte guerreiro que suspira de amores pela moça loba, que não mostrava interesse por nenhum rapaz da tribo.
Korina sentasse a margem do rio e percebe a presença do rapaz que ao ser flagrado se aproxima.
Com o rosto contraído Korina não esboça nenhuma reação deixando o rapaz totalmente sem graça.
Ela se levanta e se afasta caminhando em direção a tribo, entrando direto na tenda do pai.
O pajé já estava acordado e como de costume sentado fazendo sua meditação.
Korina em silencio sentasse ao seu lado , respira fundo , fecha os olhos e tenta se concentrar mas seu coração não permite.
Seu pai mesmo com os olhos fechados percebe a inquietação da filha, e diz:
Seu passado não  te deixa filha , ele é seu te pertence e somente  você poderá resgata-lo.
Korina abre os olhos e pergunta angustiada, como posso eu ir atrás dele meu pai?
Me ajude por favor! Eu preciso da sua poção, quero ir além do que já fui...eu preciso saber qual foi o fim dados aos  meus pais verdadeiros.
A primeira vez eu ainda era uma criança assustada , mas agora eu sou forte e não vou recuar.
O pajé abre os olhos e olha nos olhos de Korina, mergulha naquele breu e responde.
Você no fundo ainda é uma criança minha lobinha, sua ansiedade é perceptível, sua origem  não permite a sua  integração a natureza e nem ao nosso povo.
Os rapazes sonham em casar com você e você não olha para nenhum deles.
As moças da tribo te invejam e se revoltam por você não se definir por ninguém e assim elas não conseguem chamar atenção de nenhum deles para elas. Você precisa decidir sua vida.

Korina se levanta irritada , se batendo como uma criança mimada e responde em voz alta.
Eu quero a poção...eu quero ir atrás de minha mãe.

E do nada o som alto e longo do uivo de lobo corta  o silencio da tribo que ainda dormia.

Korina se arrepiou toda e sentiu seu sangue ferver nas veias,seus olhos brilharam e seu sorriso foi de quem reconhecia aquele sinal. Olhou para o pajé e percebeu  que em sua vidência ele a viu no formato de uma loba.

Comentários

  1. rsrs eu me identifiquei em algumas coisas com Korina! Só não vou dizer o quê né! rsrs, gostei muito.

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