A boa Loba ao lar retorna - Velho clichê
O frio na barriga dá mil voltas enquanto borboletas sobrevoando minha cabeça.
Minhas emoções estão afloradas, não sei se é o efeito do champagne ou pelas poucas horas que
faltam para eu estar de frente com o meu passado.
Tudo isso me excita...
Fecho os olhos na tentativa de me acalmar mas a imaginação é mais forte que eu,
um misto de recordação com desejo de um novo futuro.
Um calor começa a subir pelo meu corpo maduro, estacionando no meu mais intimo.
Não existe idade para arder... meu coração bate mais forte e minha respiração se torna
ofegante.
Tento me controlar para não chamar a atenção. Mas meus hormonios, minha loba
são incontrolaveís.
Sinto minha roupa caindo suavemente do meu corpo e a sensação de liberdade é deliciosa.
Olho para minhas mãos e minhas garras vermelhas crescem lindas e afiadas.
O silencioso da aeronave me transporta para minha floresta , onde lá eu sou inteira.
O cheiro de mato entram pelas minhas narinas me enchendo os pulmões com o mais puro
do instinto canis lupus, posso sentir o pulsar dos corações assustados das presas ao ouvirem meus passos.
Caçar...
Como é bom saber que mesmo com o passar do tempo eu nãoperdi minhas habilidades.
A Loba não morreu, fato.
Sinto saudades das minhas coisas, dos meus animais , dos meus fiéis funcionários, de tudo que tive que largar para trás.
Não vejo a hora de chegar ao meu destino!
Meu passado me espera,ou pelo menos parte dele, ou o que restou, como será ?
Um arrepio me percorre a espinha e, de repente sou surpreendida com o baque do trem de pouso
que bateu ao chão me avisando: -Chegamos!
Uauuu , ecoa como um uivo,saindo da minha garganta.
Terra firme!
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